Star Trek: Discovery Episodio 7 Review – “Magic to Make the Sanest Man Go Mad”
ATENÇÃO PARA SPOILLERS A SEGUIR!!!!
Harry Mudd retorna em um episódio autônomo que envia a Discovery para um loop de tempo.
Aparentemente o filme “Feitiço do Tempo” com Bill Murray de 1993 continua dando crias e a bola da vez é Star Trek Discovery, que inovou já que o personagem principal não é aquele que é imune ao loop temporal.
As narrativas de volta no tempo são familiares na história de Star Trek. Em “TNG” temos isso com um efeito particularmente memorável com “Cause and Effect”, dirigido por Jonathan Frakes (também conhecido como Riker). A chave para um episódio de loop temporal, como Frakes demonstrou admiravelmente, é garantir que o suficiente permaneça o mesmo para que o loop exista, enquanto muda o suficiente para manter o público interessado.
“Magic to Make the Sanest Man Go Mad” encontrou um bom equilíbrio em seus 50 minutos, mostrando Harry Mudd, enviando a Discovery no tempo por várias perspectivas. Foi especialmente bem sucedido em momentos como a montagem do assassinato de Lorca, que, contada da perspectiva de Mudd, mostrou como ele é “sádico” matando o capitão da Discovery repetidas vezes de várias maneiras. É bom lembrar nesse ponto sobre as diversas discussões acaloradas que surgiram, nos mais diversos fóruns de trekkers durante a semana passada, sobre a destruição da Discovery e a morte de Lorca após a divulgação do trailer deste episódio.
Devo admitir que os roteiristas estão sendo muito perspicazes, mostrando trechos que geram um grande debate (tiro de fêiser em tonteio a queima roupa na garganta mata!) e principalmente prendem a atenção para o próximo episódio.
Em qualquer narração de loop de tempo, é importante ter pelo menos um personagem que comece a suspeitar que exista um ciclo de tempo. Em “Magic” foi Stamets, que continua passando por mudanças desde que ele se injetou com DNA do tardigrado.
Discovery fluiu um pouco mais rápido e mais solto do que eu gostaria com as regras do loop de tempo. (Como tantos personagens conseguiram reter tanta informação quanto o ciclo de tempo retornou? Por exemplo: Stamets ensina Burnhan a dançar, mas de que adianta se ela vai esquecer-se de tudo quando o tempo reinicializar? Bem, sabe-se que Stamets não é tão bom assim em explicar o que está acontecendo e principalmente ele somente tem 30 minutos.) No entanto, esse episódio foi divertido e movido a um ritmo rápido, que tornou difícil se importar muito. Ou, pelo menos, tornou-se aparente em certo ponto que, para apreciar o episódio, era preciso olhar para além da lógica.
Este episódio de Star Trek: Discovery começa com o formato familiar do registro da tripulação. É o registro pessoal de Michael Burnham e ela está discutindo o que sua vida se tornou a bordo da Discovery. De Tilly para o misterioso e talvez “bom demais para ser verdadeiro” Ash Tyler, Burnham está formando relações com a tripulação. Contudo, ela enfrenta uma tarefa assustadora: uma festa.
O principal impulso emocional no episódio veio na exploração da vida amorosa de Burnham. O ciclo de tempo começou, pelo menos para Burnham, no comparecimento de uma festa do pessoal jovem a bordo da Discovery. Burnham olha ansiosamente para Tyler, para muitos é provavelmente um espião Klingon, enquanto Tilly já meio bêbada (que, em uma bela mudança de eventos, parece absolutamente curtir muito as festas) questiona Burnham sobre seus sentimentos.
Nas palavras de Ash Tyler, “Vulcanos não fazem festas”, o que significa que Burnham não foi exposta a esse tipo de atividade social com humanos antes. Foi divertido ver a tripulação da Discovery se divertindo. Ver a tripulação em tempo livre é algo que vimos muitas vezes em outras versões de Star Trek. Isso ajuda a se conectar aos personagens vendo-os como pessoas reais.
Embora eu não tenha certeza de que o “segredo” de Burnham que nunca foi apaixonada foi o melhor código para Burnham usar com Stamets, isso forneceu um tema sólido para o episódio. Burnham experimentou tanto da galáxia, e experimentou tantos sentimentos durante o seu momento na Frota Estelar, mas ela nunca ficou apaixonada. O fato de que Burnham e Tyler compartilharem seu primeiro beijo em um ciclo de tempo que eles nunca poderão lembrar é provavelmente trágico para um casal que parece condenado, se as suspeitas sobre Tyler se confirmarem.
Eventualmente, a tripulação da Discovery trabalha em conjunto para enganar Mudd em seu próprio jogo, enviando-o de volta aos braços da “querida” Stella (a Nicole Haught de Wynonna Earp!).
Como já disse acima, este foi um episódio bem divertido. Foi sobre o que é Star Trek. Star Trek não é apenas sobre as explosões e ações, às vezes são as histórias pessoais únicas que fazem os melhores episódios da Star Trek. Neste episódio, descobrimos mais sobre Burnham e a observamos crescer mais como humana, um pouco mais sobre Stamets e o primeiro encontro com Culber, mas me leva a pensar se Stamets reconhece o quanto sua personalidade mudou desde a introdução do DNA tardigrado. Também não temos aqui um problema resolvido com ciência ou ação, mas um problema resolvido através dos personagens, e isso tornou-o mais divertido.
Quanto a Mudd, ele está fora da prisão e de volta com sua Stella, que pode ser mais uma prisão para ele do que a nave Klingon. No entanto uma grave questão fica pendente, o que Mudd fará com a informação que detém sobre o segredo do motor de esporos? E agora ele sabe também que Burnham poderia ser uma mercadoria valiosa para os Klingons. Não seria mais seguro mantê-lo por perto? Algo me diz que o veremos novamente.
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