ST Discovery: O ESPORO DRIVE
Esporo Drive- Nova tecnologia em Star Trek ? Vamos explicar isso:
Vamos explicar ou melhor…especular sobre a “nova forma de voar” na USS Discovery – NCC 1031 ,como diria Spock: “nem mesmo vulcanos podem saber tudo, Capitão….”
Já deu pra perceber que a nova série ST Discovery ( ST DSC ) procura mostrar Jornada sob o ponto de vista de 2017 e baseando-se nas tecnologias de vanguarda do nosso tempo para extrapolar como será o século 23 – assim como Gene Roddenberry fez em 1966,quando imaginou Kirk tornando-se capitão da Enterprise – 1701, no ano de 2265.
Provavelmente pareceria meio tosco repetir hoje o visual e tecnologia mostrada em 1966 sendo que já sabemos o potencial tecnológico que teremos no séc 23. Criaram isso montando um visual parecido com os 3 últimos filmes do cinema para despertar interesse nos novos fãs e facilitar a assimilação…afinal a CBS e Netflix querem lucro com novos fãs . A receptividade nos EUA está surpreendendo e houve recorde de novas assinaturas do canal de streaming All Acess da CBS nos EUA… pois lá só exibem nesse canal e não na Netflix.
Mas… há controvérsias!! E isso não é novidade em STAR TREK… sempre foi assim e um dos pontos de grande discussão e dúvidas tem sido uma nova tenologia ou tecnobuble trekker – o “Esporo Drive” ou como estão escrevendo nas mídias… “Bio Jump Drive” ou “Cogumelo MotorWay ” ou a melhor de todas – “Bio Warp – sem gluten e vegana”!!!
Especulando sobre as informações que obtivemos no episódio 3 de ST DSC , podemos afirmar que essa “nova forma de voar” baseia-se em Biofísica Quântica, uma ciência interdisciplinar que estuda matéria, espaço, energia e tempo, O elo entre a física e a biologia abre portas para melhor entender o funcionamento dos sistemas biológicos, sendo muito importante e útil em campos da medicina e muito mais, o conceito de biofísica Quântica nos amplia a visão para um leque de estudos exploratórios sobre o funcionamento da vida e possibilita a criação de novos horizontes científicos- que é ressaltado em ST DSC quando o capitão Lorca diz:” Não é só para vencer a guerra, e nós vamos vencê-la, mas é muito mais…imagine as possibilidades…”
Para interligar a BioFisica Quântica com um transporte espacial inovador, os roteiristas de ST DSC usaram os estudos recentes do Dr Paul Stamets – de Columbus, Ohio, EUA- sobre a rede de fungos e cogumelos da Terra ( o chamado Micélio ) ,que servem como modelo para a Rede Cósmica ( Cosmic WEB ) que já se estuda hoje através do telescópio Hubble e que será aprimorado em 2019 com o lançamento do novo telescópio James Web .
A Cosmic Web, seria uma rede que permeia todo o tecido do espaço-tempo e interliga todos os objetos do universo a nível cósmico, possibilitando verdadeiros “túneis” de matéria escura , estradas , ” veias e músculos” do universo , como citam no episódio.
O micélio interliga vastas colônias de cogumelos pelo planeta e corresponde a um conjunto de tubos, no interior dos quais se encontra a massa citoplasmática que constitui as células . Estes tubos se reúnem em grandes emaranhados ( uma verdadeira rede ou Web ) e esse conjunto é o que recebe o nome de micélio.
Já percebeu que o assunto do episódio 3 é um paralelo com a vanguarda científica dos nossos tempos? ….
A proposta da nova forma de viagem está ligada ao pareamento / entrelaçamento quântico , o tal “efeito fantasmagórico” que Einstein falava e o assustava , justamente por ser possível, dentro da mecânica Quântica .
Os roteiristas se apropriaram do conceito para introduzir este novo drive e fazer um novo “transporte” quântico.
Duas partículas pareadas reagem uma à outra instantaneamente mudando seus spins( suas configurações). O que ST DSC introduz é o conceito que os esporos são as matérias primas que transmitem esta informação, como os fungos fazem na rede ( micélio ) que interliga cogumelos em nosso solo na Terra , como demonstra o trabalho de P. Stamets , o cientista que empresta seu nome para o Tenente Stamets de ST DSC.
Em resumo, a nave é replicada a nível quântico e essa “informação” é passada pela rede de esporos, ou seja, pelo efeito de pareamento, enquanto a anterior é desintegrada. Bem similar ao teletransporte.
Isso deve ter uma complexidade imensa e deve ter causado a morte dos tripulantes da USS Glenn ,que apareceram totalmente distorcidos pelos efeitos da transição dimensional durante o processo. Também deve ser um experimento que causa distorções no espaço-tempo ao redor da USS Discovery ( por causa disso há o “Alerta Escuro ” ) e pode ter gerado mutações em um Tardígrado no espaço ao redor da nave , surgindo disso a criatura que invadiu a nave e dilacerou os Klingons.
(a criatura que invadiu a USS Glenn)
(Tardígrado – são criaturas microscópicas que conseguem sobreviver em temperaturas inferiores a 270ºC e superiores a 150ºC- acredita-se hoje que podem sobreviver no espaço)
O efeito quântico de pareamento realmente existe e é bem promissor , mas ainda apenas nas telecomunicações. Imagine que partículas pareadas podem, após separadas, tornarem-se bits, transmitidas e codificadas, recebidas e decodificadas instantaneamente. Talvez, o precursor real do comunicador sub espacial.
Os esporos são uma analogia poética para explicar como estas informações quânticas trafegam instantaneamente pelo universo.
No desenrolar da história ,provavelmente veremos uma explicação para os efeitos colaterais mostrados no episódio , por causa dessa tecnologia. Eu sinceramente espero que haja efeitos colaterais insuperáveis e essa nova ” Drive ” não seja viável …ou teríamos de novo o problema do teletransporte imediato para qualquer ponto do universo ….já intensamente debatido no universo kelvin de Star Trek ……seria o caos !!!!!
Particularmente acredito que essa tecnobuble vai falhar e será deixada de lado pela Frota mas algo será aproveitado….talvez para medicina da Frota ou como apareceu em ST Voyager ,no episódio Equinox ….veremos….
Pergunta : O processo deste drive de esporos ,eventualmente, poderia continuar no canon original e explicar a desintegração da USS Defiant da classe Constitution em TOS ? Fica a pergunta para vocês …..
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